Brancura presa nas romãs
O ganha-pão cega a realidade
Crosta crua perfurada
Poesia infundada
No advir da manhã
Passos
Onde estão?
Já não existem
Apagar o nó do olhar
E aqui dentro não há círculo
Horizonte
Veloz fundido cor de rosa
A terra puxa-me para dentro
Querer-me-á de volta?
[Andrea Lopes]
A verdade herdada de ti
Trégua laranja nos cabelos ao vento
Perdão infinito
Numa paisagem
Os pássaros livres
O olhar dentro da verdade
Querias as rugas dos meus dedos
Cactos na língua que secou
O olhar dentro do teu
Consegue ver-te
As mãos não sentem a luz
E os objectos brilham no vidro
Acomodas os gestos
Que procuram a textura imaginada
Liso sentir
Porquê o luar?
Se o dia é noite.
[Andrea]
Only mystery allows us to live, only mystery.